quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Saul Castro, o primeiro gaúcho "cover" do "rei do rock´n roll" Élvis Presley

Luiz Vilmar Castro ou Nenêgo de blusa azul e no centro, dando autógrafos à fãs, Saul Castro, o "cover" do "rei do rock´n roll" Elvis Presley. 
Saul Castro, foi o primeiro "cover" gaúcho do "rei do rock´n Roll" Élvis Aaron Presley, nos anos 80.
O então jovem Saul Castro, canoense nato, que foi um dos integrantes da banda "Grupo Acapulco", ex-Os Capetas e do ex-The Cats, surgidas no bairro Rio Branco, em Canoas, foi o primeiro gaúcho que se tem notícia a se apresentar como "cover" do "rei do rock´n roll" Elvis (Aaron) Presley, com costeletas e cabelo à la "king" e uma fisionomia natural que lhe dava uma boa semelhança com o "rei". O "Élvis Presley Cover" era sempre acompanhado em seus shows por seu irmão Luiz Vilmar Castro, também conhecido como Nenêgo, que tocava guitarra base, e que pertencia também à banda "Grupo Acapulco".

Conta a filha Sônia que falar do pai Saul Castro ou Raul (seu pseudônimo) “me leva a uma nostalgia dos meus tempos de  adolescente,  quando meu pai Saul, que desde os oito anos de idade já tocava violão, que seu sonho era como o de qualquer menino. Talvez um sonho de Ícaro, um sonho que poderia ter sido realizado. Mas era mais um menino despertando para  um dom que Deus lhe deu, e que a vida não o deixou realizar. Já adolescente  Saul tocava nas festinhas e nos bailes de uma comunidade chamada Rio Branco. Talvez mais um rio de sonhos e de realizações”.

Saul Castro gravou algumas músicas em fitas cassete, em 1980. Casou com uma filha de imigrantes italianos, que vieram da Cicília com quem teve duas filhas: Sônia e Soraia. Sua meta era ser um cantor popular, pois já era conhecido como o Élvis de Canoas. Além da música Saul gostava muito de sua avó Otília e de seu irmão  Luiz Vilmar, que fazia questão que o acompanhasse nos seu show tocando guitarra base. 

"Talvez se o seu pai Manuel não o tivesse abandonado, assim como a seus irmãos, ele teria sido uma pessoa mais feliz. E mesmo assim, diante de tantas decepções que a vida lhe trouxe, sempre foi uma pessoa alegre, de espírito jovem. Sua vida era a música e ele só queria ser alguém que pudesse se destacar no mundo da música através de sua bela voz. Estão guardadas algumas músicas que ele já tinha composto. Mas infelizmente morreu no dia 28 de  janeiro de 1982, aos 42 anos de idade", revelou a filha Sônia.


Saul Castro, sem dúvida, foi o primeiro e talvez o melhor "cover" gaúcho de Élvis Presley até janeiro de 1983, quando falceu, com 42 anos. Saul Castro nasceu no dia 8 de junho de 1941. Teria sido casualiadade, já que o "rei do rock´n roll" Élvis Aaron Presley, que nasceu no dia 8 de janeiro de 1935, faleceu, no dia 16 de agosto de 1977, também com 42 anos de idade?

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Anos 60 e os grupos Acapulco, Os Capetas, The Cats e o Musical Túnel do Tempo

Grupo Acapulco 1980: Serginho (ex-Pinguins, baixo), Telmo (guitarra solo e vocal), Luiz Vilmar (guitarra base e vocal) e Kiko (percussão).
O grupo Acapulco, que surgiu no Bairro Rio Branco, em Canoas, se apresentava com repertório da Jovem Guarda. Adilson Robert, cantor contratado depois, iniciou sua carreira na mesma década e, além de ter sido um dos primeiros a interpretar músicas da Jovem Guarda, era dono de uma belíssima voz e conhecia a maneira de vocalizar e, assim, passava essa técnica aos jovens da época que também queriam se tornar cantores como Renato e Seus Blue Caps. Adilson Robert faleceu em 2002, deixando um vácuo na música como excelente intérprete. A primeira apresentação foi numa festa do Instituto Pestalaozzi, de Canoas.
Integravam "Os Capetas" em 1967: Joi Luiz Barbosa (bateria), Zé Suiça (baixo), Luis Carlos (guitarra solo) e Luiz Vilmar Castro (Nenego - guitarra base), foto tirada em Morretes, então no 2º Distro de Santa Rita, que pertencia a Canoas. 
Nos anos 60, com a participação de Luiz Vilmar Castro e mais alguns ex-companheiros fundaram, no bairro Rio Branco, em Canoas, "Os Capetas", fundado por Luiz Carlos e Luiz Vilmar Castro (Nenego), ex-"The Cats". Em razão das dificuldades financeiras em adquirir os instrumentos, Luiz Vilmar Catro, que trabalhava também como marceneiro, passou a fabricar os próprios instrumentos da banda que aptara pelo esilo rock instrumental.

A Banda "Os Capetas" se apresentou em eventos e bailes no Clube Juventus, Cifane, Sociedade Canoense de Caça e Pesca, Sociedade Beneficiente e Cultural Rui Barbosa e Grêmio Esportivo Niterói, entre outros.
O Grupo Os Pinguins formado por Sérgio Santos (baixo), Geci (guitarra base), Nélvio (guitarra solo), Victor (vocal) e Joelci (bateria), se apresentando na TV Piratini, Canal 5, de Porto Alegre.
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sábado, 16 de outubro de 2010

Leandro Finger: Um canoense que fugiu do lugar comum e optou pela "country music"

Leandro Finger em dois momentos de suas múltiplas apresentações em bares, feiras e eventos diversos, mostrando a sua versatilidade e talento com o violão e a harmônica.
Leandro Finger ensaiando com seu violão e sua harmônica para tocar e interpretar as músicas de raízes.
Leandro Finger, considerando-se a època, era um jovem músico-cantor que não se portava como em lugar-comum. Seu estilo e sua personalidade de profissional da música o levaram para o gênero "music country", enquanto os cantores e grupos musicais estavam voltados à mesmice, ou seja, tocando o que o rádio e a televisão ditava: músicas com certo romantismo, o pagode e a chamada "sertaneja" a brasileiro. Mas Leandro optou pelo gênero em que o grande nome foi Hank Willisms, autor do clássico "Jambalaya" (magistralmente interpretada pela menina, então de 12 anos de idade, Brenda Lee) maneira de ser ou de fazer de Willie Nelson e John Dever, ambos tidos como as lendas da "music country" e mais Frankie Laine, Bob Dylan, Johny Cash, George Jones, Jimmy Hendrix, entre outros. E foi optando por essa maneira de ser e de fazer que se firmou entre um público jovem, porém diferente na maneira de ser e de curtir música. Assim se tornou um músico-cantor aplaudido e requisitado por estar fora da "vala-comum" o que o fez atração em eventos e contratos para apresentações em bares, feiras, eventos diversos e inaugurações. Para ilustrar a tendência musical eleita pelo jovem Leandro Finger, cabe a explicação do que significa "music country", que é o mesmo que "música do interior": um estilo de música popular originalmente encontrada  no Sul dos Estados Unidos, e nas montanhas dos Apalaches por volta dos anos 40, enquanto que suas raízes são as músicas folclóricas tradicionais, a música celta, os blues e a música gospel. Mas o termo original e precedente era "music hillbilly", que se pode traduzir para "música caipira". Como os termos soavam degradantes, passaram a denominar esse gênero musical com o termo "Country and Western": traduzindo para o português: "Sertaneja e do Oeste". A capital estadunidense da música do interior ou "country" é Nashville, Tennessee.

Eu o conheci como músico-cantor, que usava três importantes instrumentos: violão, voz e harmônica, no "Bauru 1", que existia na rua Dr. Barcelos, esquina rua Luiz Possebon e depois no Restaurante Coqueiro, na Dr. Barcelos, em frente ao Forum da Comarca de Canoas. Eu já curtia o gênero "music country" e passei a admirar o jovem Leandro (então sem saber que era filho do meu amigo Paulo Osni Finger) pela opção musical que fizera. E, assim, sempre que dispunha de tempo ia a ambos os locais, fundamentalmente, para curtir, musicalmente, o jovem de estilo "cow-boy", mesmo sem nunca trajar como os famosos mocinhos do "western" amercicano, cujo talento e sensibilidade musical de violonista e harmonista herdou, por certo, do pai. Interpretava a "music country" como se único, apesar da influência dos renomados da "music country" norte-americana como me revelara numa certa noite no Restaurante Coqueiro.

Filho do músico Paulo Osni e de Áurea Vargas Finger, ele criador do "OF e Seu Melódico" e do "Show Musical Caravelle", em parceria com José Carlos Lindeburg (o Escovão), Leandro nasceu e cresceu ouvindo o pai tocar violino e violoncelo, além de toda a movimentação em torno dos conjuntos. Do pai herdou a habilidade e a sensibilidade para a música, porém optou por um estilo musical diferente, fora do comum ou habitual à época. Insistiu, persistiu e se fez reconheido e admirado.

Assim, se apresentou, como contratado, em diversas casas noturnas, como bares e restaurantes, de Canoas, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Esteio, São Lepoldo, Novo Hamburgo, além de eventos especiais em Gramado, como o Festival de Inverno de 1999, Gramado Móvel Show 1996/97 e o 8º Festival de Turismo de Gramado de 1996, e na ExpoAgas 1996, além de apresentações na capital catarinense Florianópolis e de bares noturnos nas praias, nas altas temporadas, o contratavam, como em Imbé, Mariluz e Tramandaí, onde mostrava seu talento e animava as noites por longo tempo.

Seu talento e sensibilidade musical o fez um instrumentista em três categorias: voz (cantando), violão e harmônica. E hoje, como muitos outro exemplos, deixa um hiato na boa música.

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A história dos conjuntos "Os Múmias", "Beat Machine", "Inovação" e de Norberto Prado

1968 - Início dos Beat Machine, no salão paroquial da Igreja Imaculada Conceição, no bairro Rio Branco: Eloy (bateria), Norberto Prado (guitarra), Rubens (baixo) e Charles ou Carlos (guitarra base).

"Os Beat Machine", em 1970, na Sociedade Unidos do Bairro Rio Branco: Norberto Prado (solo), Carlos (guitarra base), Elizeu (baixo) e Carlinhos (bateria). 
Conforme ralatos do fundador e guitarrista Norberto Prado, foi em 1968, que a carreira teve início com a formação do conjunto "Os Múmias", que tinha como diretor Jair Teixeira, e a seguinte formação: Norberto Prado - guitarra solo, Rubens - baixo, Eloy - bateria e Charles ou Carlos na guitarra base. O grupo se formou de alunos do Ginásio Estadual Álvaro Moreira, na Vila Rio Branco, hoje promovido a bairro.

Na seqüência criaram o conjunto "Beat Machine", em 1970, também surgido no bairro Rio Branco, e que era integrado por Norberto Prado (guitarra solo e vocal), Mário Valejo ou Peninha, goje conhecido como "cover" do Roberto Carlos, como "cronner"; Charles na guitarra base, Eloy na bateria e Elizeu Jardim no baixo.
1974 - O Conjunto Inovação: Peninha (hoje cover do Roberto Carlos), na bateria; Norberto Prado, cantor; Zé, na guitarra; Bira Brasil, nos teclados; Dennis, na guitarra base e Amaro no baixo. 
A partir de 1972 surgiu o Conjunto "Inovação", cujo diretor era o Breno e tuinha como integrantes: Bira (Paulinho) no teclado; Peninha na bateria (atualmente fazendo sucesso como "cover" do "rei" Roberto Carlos; Norberto Prado no baixo e Zé na guitarra solo. O "Inovação" foi, sem dpuvidas, um dos melhores conjuntos jovens dos anos 70.

Depois Norberto Prado, que nasceu no dia 08 de maio de 1954, como conta, passou a fazer carreira solo tocando piano e teclados e, profissionalmente, tocou em boates de renome como a "Gruta Azul", "Carandache" e "Madrigal", e inclusive, por longo tempo, na Sala VIP do Aeroporto Internacional Salgado Filho, onde trabalhou por 16 anos consecutivos com o show intitulado "O Som do Aeroporto", todos locais em Porto Alegre, incluíndo em seu repertório musical, canções de sucesso internacional dos anos 50 aos anos 80, passando pela Jovem Guarda e a onda nascida com o Movimento Hoodstock, despontando um estilo de música extremamente dançável e popular, mesclada com a combinação do jazz acelerado com uma forte e intermitente batida do rock. Era o tempo das discoteques ou discôs e do surgimento do filme "Embalos de Sábados A Noite" (Saturday Night Fever), estrelado pelo ator italiano, que se tornara uma éspecie de ícone da época. Nesse estilo despontava mundialmente, Donna Summer, Gloria Gaynor e Diana Ross e do grupo Bee Gees, que gozava do pico da popularidade.

Além desse locais onde se apresentou profissionalmente, atuou, ainda, na Pizzaria Sacy (no Estádio Beira-Rio), Churrascaria Mosqueteiro (Estádio Olímpico), Clube do Comércio, Shopping Rua da Praia e no Hotel Laje de Pedra, em Canela-RS.

Nesse intemezzo, Norberto Prado acompanhou cantores do primeiro naipe da música nacional, como Agnaldo Rayol, Jerry Adriani, José Augusto, Adriana, Biafra, entre outros.
O pianista e tecladista Norberto Prado, em fevereiro de 2000, quando trabalhava no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre. Foram 16 anos consecutivos animando os passageiros.

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