sábado, 16 de outubro de 2010

Leandro Finger: Um canoense que fugiu do lugar comum e optou pela "country music"

Leandro Finger em dois momentos de suas múltiplas apresentações em bares, feiras e eventos diversos, mostrando a sua versatilidade e talento com o violão e a harmônica.
Leandro Finger ensaiando com seu violão e sua harmônica para tocar e interpretar as músicas de raízes.
Leandro Finger, considerando-se a època, era um jovem músico-cantor que não se portava como em lugar-comum. Seu estilo e sua personalidade de profissional da música o levaram para o gênero "music country", enquanto os cantores e grupos musicais estavam voltados à mesmice, ou seja, tocando o que o rádio e a televisão ditava: músicas com certo romantismo, o pagode e a chamada "sertaneja" a brasileiro. Mas Leandro optou pelo gênero em que o grande nome foi Hank Willisms, autor do clássico "Jambalaya" (magistralmente interpretada pela menina, então de 12 anos de idade, Brenda Lee) maneira de ser ou de fazer de Willie Nelson e John Dever, ambos tidos como as lendas da "music country" e mais Frankie Laine, Bob Dylan, Johny Cash, George Jones, Jimmy Hendrix, entre outros. E foi optando por essa maneira de ser e de fazer que se firmou entre um público jovem, porém diferente na maneira de ser e de curtir música. Assim se tornou um músico-cantor aplaudido e requisitado por estar fora da "vala-comum" o que o fez atração em eventos e contratos para apresentações em bares, feiras, eventos diversos e inaugurações. Para ilustrar a tendência musical eleita pelo jovem Leandro Finger, cabe a explicação do que significa "music country", que é o mesmo que "música do interior": um estilo de música popular originalmente encontrada  no Sul dos Estados Unidos, e nas montanhas dos Apalaches por volta dos anos 40, enquanto que suas raízes são as músicas folclóricas tradicionais, a música celta, os blues e a música gospel. Mas o termo original e precedente era "music hillbilly", que se pode traduzir para "música caipira". Como os termos soavam degradantes, passaram a denominar esse gênero musical com o termo "Country and Western": traduzindo para o português: "Sertaneja e do Oeste". A capital estadunidense da música do interior ou "country" é Nashville, Tennessee.

Eu o conheci como músico-cantor, que usava três importantes instrumentos: violão, voz e harmônica, no "Bauru 1", que existia na rua Dr. Barcelos, esquina rua Luiz Possebon e depois no Restaurante Coqueiro, na Dr. Barcelos, em frente ao Forum da Comarca de Canoas. Eu já curtia o gênero "music country" e passei a admirar o jovem Leandro (então sem saber que era filho do meu amigo Paulo Osni Finger) pela opção musical que fizera. E, assim, sempre que dispunha de tempo ia a ambos os locais, fundamentalmente, para curtir, musicalmente, o jovem de estilo "cow-boy", mesmo sem nunca trajar como os famosos mocinhos do "western" amercicano, cujo talento e sensibilidade musical de violonista e harmonista herdou, por certo, do pai. Interpretava a "music country" como se único, apesar da influência dos renomados da "music country" norte-americana como me revelara numa certa noite no Restaurante Coqueiro.

Filho do músico Paulo Osni e de Áurea Vargas Finger, ele criador do "OF e Seu Melódico" e do "Show Musical Caravelle", em parceria com José Carlos Lindeburg (o Escovão), Leandro nasceu e cresceu ouvindo o pai tocar violino e violoncelo, além de toda a movimentação em torno dos conjuntos. Do pai herdou a habilidade e a sensibilidade para a música, porém optou por um estilo musical diferente, fora do comum ou habitual à época. Insistiu, persistiu e se fez reconheido e admirado.

Assim, se apresentou, como contratado, em diversas casas noturnas, como bares e restaurantes, de Canoas, Porto Alegre, Sapucaia do Sul, Esteio, São Lepoldo, Novo Hamburgo, além de eventos especiais em Gramado, como o Festival de Inverno de 1999, Gramado Móvel Show 1996/97 e o 8º Festival de Turismo de Gramado de 1996, e na ExpoAgas 1996, além de apresentações na capital catarinense Florianópolis e de bares noturnos nas praias, nas altas temporadas, o contratavam, como em Imbé, Mariluz e Tramandaí, onde mostrava seu talento e animava as noites por longo tempo.

Seu talento e sensibilidade musical o fez um instrumentista em três categorias: voz (cantando), violão e harmônica. E hoje, como muitos outro exemplos, deixa um hiato na boa música.

* Para ambpliar as fotos basta um clic sobre as mesmas.
** Contatos via e-mail: la-stampa@ig.com.br
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Um comentário:

  1. conheci o leandro em jan de 98 trabalhando ma tiradentes venendo innstrumentos musicais.logo de cara senti firmeza no cara e me autoconvidei p tocar batera p ele. infelizmente voltei a trampa em poa e nos distanciamos.nunca vi ele tocar. mas tinha um habito que nunca vi nesses dezoito anos que vendo instrumentos,ele abria as cordas que iria comprar e analizava meticulosamente cada corda do conjunto que iria levar.se tivesse uma oxidada ele nao levava,grande amigo,,sei que esta bem no plano espiritual , ASS;james

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