sábado, 20 de março de 2010

O Duo Poente que, dado o sucesso, se tornou no Musical Poente e a homenagem póstuma, ímpar, ao músico e cantor Edinho

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LEGENDA - (José) Maschke e Edinho (Edson Leopoldo Lopes Rodrigues) que formavam o Duo Poente, em abril de 1987, em apresentação no Bar Terasse Itália, que ficava ao lado do Conjunto Comercial Canoas. Eram as duas primeiras fotos da dupla, publicadas no semnaário Jornal Radar, que registravam o novo dueto musical. (Fotos de Xico Júnior).
LEGENDA - Ainda a dupla Zé Maschke e Edinho, que formaram o Duo Poente, em inesquecíveis apresentações no Bar Terasse Itália, pontificado pelo Rico. (Foto de Xico Júnior).

Na segunda metade dos anos oitenta surgia uma dupla que tocava basicamente música nativista (não confundir com a gauchesca tradicional), que fazia muito sucesso junto a um público que se tornou fiel. Era o Duo Poente, formado por Edinho (Edson Leopoldo Lopes Rodrigues), no violão e (José) Maschke nos arranjos e ritmo. O sucesso começou com suas apresentações no Bar Terrasse Itália, à época comandado pelo Rico e tendo como garçon o simpático Benito, e que se localizava na Rua 15 de Janeiro, ao lado do Conjunto Comercial Canoas, e que pontificava a noite canoense, enquanto que o repertório contava com sucessos como: "Guri", "Canto Alegretense", "Chamamé" e "Não Podemo Se Entregá Pros Home", entre outras. Nessa fase inicial ambos os integrantes do Duo Poente, usavam costumeiramente nas apresentações, chapéus, bombachas e botas, no melhor estilo nativista e das tradições do Rio Grande do Sul. Jornalisticamente descoberto por Xico Júnior, que faz as duas primeiras fotos do Duo Poente, ainda no Terrasse Itália, à época trabalhando para o Jornal Radar, assim tiveram a primeira divulgação na imprensa.

Nesse meio tempo foram se apresentando em diferentes locais e festas, como no Salão Parqoquial da Igreja São Luís, de Canoas; no Salão de Atos do Centro Educacional La Salle, à Rua Muck; na Sociedade Canoense de Caça, Pesca e Tiro; no CTG Brasão do Rio Grande do Sul, no Canoas Country Club (hoje extinto), na Feira do Livro de Canoas e na Assembléia Legislativa do RS, e em cidades como Santa Maria; Carlos Barbosa como atração musical na festa de escolha da Rainha da Felatte, em 1987; Praia de Mariluz, onde se apresentava na casa noturna Funil; Esteio, onde tocavam na Casa Branca em 1989; no Zamzibar em Sapucaia do Sul e São Leopoldo, onde se apresentava semanalmente no Manara Bar, conforme registro da Gazeta de La Stampa, Nº 14, de março/abril de 1992 e artigo publicado na edição Nº 6, de julho de 1991, e aqui fac similado na íntegra.

Inidicado e agenciado pelo jornalista e cronista social Xico Júnior, que ao lado da jornalista Maria do Carmo Bueno (então apresentadora do Jornal do Almoço, na RBS/TV), foi apresentador, o Duo Poente se apresentou na festa de eleição da Rainha da Felatte - Feira Leite e do Queijo, no dia 04 de julho de 1987, no ginásio da Tramontina, em Carlos Barbosa-RS, com pleno sucesso e perante um público de cerca de três mil pessoas. O evento chamava-se, inicialmente, de Festa do Leite, depois Felatte e atualmente Festiqueijo.

A fama foi crescendo e a necessidade de atender a um público de gosto musical mais variado, que freqüentava os bares na noite, fez com que o Duo Poente passasse a ser um trio, com a inclusão do ritmista Muskito e logo mais um novo integrante passava a fazer parte, formando um quarteto, que poderia ser chamado ou batizado de "Quarteto Poente", mas acabou mesmo sendo Musical Poente, até porque o repertório deixou de ser exclusivamente de músicas nativistas. E aí o repertório se inovou com músicas do inesquecível Raul Seixas (Maluco Beleza), Raimundo Fagner (Borbulhas de Amor e Coração Alado),a música "Ronda", composta por Paulo Vanzolini, em 1953 e gravada primeiramente por Inezita Barroso e depois com magnífica interpretação de Maria Bethânia; "Sintonia" interpretada por Moraes Moreira; Zé Geraldo (Cidadão), Almôndegas ou Kleiton & Kledir com "Vento Negro", Vira, Virou" e diversas do "rei" Roberto Carlos, faziam grande sucesso junto ao público com predominância jovem. Assim, passaram, inclusive, a animar festas e até bailes, como a Festa dos Destaque que eu promovia no Canoas Tênis Clube e a festa de posse da primeira diretoria da AVECOS - Associação dos Veículos e Empresas de Comunicação Social de Canoas, cuja conteceu no dia 30 de junho de 1992, no Canoas Tênis Clube, com a execução do Hino Riograndense e do Hino de Canoas.


 LEGENDA - O Musical Poente, já com quatro integrantes: Muskito (bateria), Edinho (violão e vocal), Zé Maschke (vocal, ritmo e arranjos) e Vanderley (contrabaixo) comemorando um dos aniversário do grupo musical na sede da ASMC - Associação dos Servidores Municipais de Canoas, à rua Brasil, em Canoas, com apresentação do jornalista Xico Júnior. (Foto também de Xico Júnior).

A partir daí, o desencontro de interesses, entre Edinho e Zé Maschke resultou na saída de Zé Mashke e assim o Duo Poente, que já era um quarteto, continuou e foi transformado em Musical Poente, passando a contar definitivamente com quatro integrantes: Edinho (diretor), Muskito, Kuko e Bicudo, pois Zé Maschke acabava por se retirar do grupo.

O Musical Poente se apresentava, semanalmente, em concorridos bares de freqüência jovem em Sapucaia do Sul (no Zamibar), Esteio (no Casa Branca) e São Leopoldo (manara Bar) e, nas temporadas de verão no Funil, na Praia de Mariluz, com casas sempre lotadas e o público, que era fiel, o acompanhava em todos os lugares. Para um grupo musical que nunca gravou, não se apresentava em programas de televisão e não tinha espaço na grande mídia, era algo simplesmente inédito e surpreendente. Além da primeira divulgação da existência do Duo Poente ser publicada no Jornal Radar pelo cronista social Xico Júnior, em 1987, a Gazeta de La Stampa tembém ressaltou o sucesso que o Duo Poente fazia, passando, assim, a Musical Poente. Outros jornais locais, depois, também divulgaram algumas matérias, assim como a TVE, que gravou um programa, tendo como cenário o então 2º Distrito de Santa Rita, atual município de Nova Santa Rita.

Quando Edson Leopoldo Lopes Rodrigues, o Edinho, faleceu aos 30 anos de idade, em conseqüência de um aneurisma cerebral fulminante, o enterro, realizado no Cemitério São Vicente, contou, além dos familiares, com colegas músicos, admiradores e fãs, que puxados pelo violão do amigo e cantor Tião, se despediram entoando "Vento Negro", a música da sua predileção (vídeo logo abaixo). Foi, com a melhor certeza, o momento mais emocionante e comovente à última despedida ao cantor, amigo e companheiro Edson Leopolodo Lopes Rodrigues, o Edinho. E foi com o desencarnar de Edinho que o Musical Poente também acabou suas atividades, pois era a simpatia e o carisma do Edson Leopoldo Lopes Rodrigues, que mantinha o grupo ativo e vivo.

Uma semana após, os colegas, amigos e fãs superlotaram o Casa Nostra, na Rua Much, para uma homenagem especial póstuma ao cantor Edinho. O seu carisma e a amizade que tributava a todos fez com que todos os colegas músicos, tanto do Musical Poente como de outros grupos, se apresentassem tocando ou cantando, porém não conseguindo esconder a emoção e a saudade. Mas dizem que "saudade é o bem-querer que fica". Enquanto coube ao cronista social, jornalista e diretor da Gazeta de La Stampa, Xico Júnior, fazer a homenagem em tom de oratória. Foi uma noite de muitas lágrimas, muita emoção e sentimento, fato jamais ocorrido e presenciado em Canoas no âmbito musical.

LEGENDA - A nova formação do Musical Poente, com Kuko, Muskito, Edinho e Bicudo.
LEGENDA - O Musical Poente já com cinco componentes: Negrinho no baixo, Muskito na bateria, Kuko no contra-abaixo e gaita de boca, Edinho na guitarra e vocal, e Tião também no vocal, ocasião realizada na noite de 30 de junho de 1992, festa de posse da primeira diretoria da AVECOS - Associação dos Veículos e Empresas de Comunicação Social de Canoas, que teve como primeiro presidente o jornalista Francisco Antonio Pagot (Xico Júnior).
LEGENDA - O cantor nativista Délcio Tavares e Edinho, líder do Musical Poente, num encontro raro, registrado pela lente da Yashica do jornalista Xico Júnior e publicada na Gazeta de La Stampa Nº 15, de abril/maio de 1992.

LEGENDA - O casal Geovânia e Edson Leopoldo Lopes Rodrigues (o Edinho), numa festa da Gazeta de La Stampa no Canoas Tênis Clube, nos anos 90.
 LEGENDA - O casal Edson Leopoldo Lopes Rodrigues (o Edinho), com a esposa Geovânia, na festa em homenagem aos 25 anos do cronista social e jornalista Xico Júnior, realizada no Canoas Tênis Clube, em junho de 1991.

LEGENDA - Reportagem publicada na edição Nº 6, de julho de 1991,da Gazeta de La Stampa.
LEGENDA - "Fac simile" da homenagem póstuma publicada pela Gazeta de La Stampa ao diretor, músico e cantor Edson Leopoldo Lopes Rodrigues, o Edinho, por ocasião do seu falecimento, no dia 17 de março de 1993, com texto do jornalista Xico Júnior.

Edson Leopoldo Lopes Rodrigues (Edinho) * 1963 /// + 17/03/1993E


A Saudade é um sentimento de Bem-Querer que Fica


"MUSICAL POENTE" - Interpretação da primeira parte: Zé Maschhe e Edinho, na segunda a Banda Sol.

"Vento Negro" - Interpretação dos amigos Laco e Tião (Homenagem ao Edinho).


Um comentário:

  1. Belos Comentários, apesar de discordar de alguns, minha saída do Musical Poente, que iria acabar na época, pois era dono da marca junto com Edinho e abri mão para o nove da Banda continuar, Os amigos não tinham nada que ver com os problemas internos, foi devido a fato ESPECÍFICO que ficou no passado e foi enterrado com meu parceiro EDINHO, e jamais "raio de ação".

    Ah,o correto é Zé Maschke com o h.

    Belo trabalho, abraços a todos.

    Arq. J.Maschke

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